tag:blogger.com,1999:blog-60978733054447438802024-03-07T23:30:24.935-08:00PopMataEssencialmente música.Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.comBlogger112125tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-59125405487958130672009-10-29T12:11:00.000-07:002009-10-29T12:15:24.217-07:00Por que o PopMata morreu?Tudo por aqui anda bem parado. Se você frequentava esse blog, deve ter percebido.<br /><br />Nada aconteceu comigo. Tô bem, tô vivo, caso isso te preocupasse (sei que não). Só o que não há mais é uma vontade e uma necessidade de escrever sobre música como há boas semanas atrás e, mais do que isso, não há mais vontade de postar como postava.<br /><br />Cansa, de diversas formas, manter um blog assim. Escrever textos longos, ouvir o mesmo disco várias vezes, abrir mão de ouvir coisas antigas, preparar imagens, fazer uploads e formatar um layout. Sim, cansa. Não como trabalhar "de verdade" (ou não tão de verdade assim, "Sr. Diretor de Criação"). O problema é eu que fazia os dois. Pouco restava tempo para postar, mas encaixava num intervalo e outro, encurtava o horário de almoço, dava um jeito para postar três vezes na semana, ou uma vez por dia, ou até duas. Mas daí, fiquei sem paciência e "exausto" para esta atividade.<br /><br />Ainda baixo muita música, ainda penso muito sobre o que ouço, ainda sinto a necessidade de indicar álbuns e artistas. Só não há mais o interesse em manter um blog, mesmo tendo leitores (poucos mas bacanas) e comentários em movimento (raros mas ótimos).<br /><br />Não é fazendo desfeita de tudo de bacana que aconteceu por aqui, que pretendo anunciar essa "morte" do blog. Agradeço a todos os comentários, visitas e downloads. Obrigado por terem elogiado, criticado e divulgado. Foi muito bacana estar em contato com pessoas que se interessavam pelo que eu postava (seja pelo texto ou pela mp3). Destaco coisas bacanas que aconteceram, como reconhecimento de pessoas que eu já admirava anteriormente, seja por uma simples visita do famoso César "M." do inspiradíssimo <a href="http://indienation.blogspot.com">IndieNation</a>, ou pelo surpreendente convite do amigo prodígio Alex Correa, do aclamado <a href="http://www.movethatjukebox.com">Move That Jukebox</a>, ou ainda por saber que alguns caras bacanas, os famosos "críticos", vieram parar aqui e deixaram uma palavra ou outra. Ver também amigos meus com um certo orgulho e saber que pessoas chegaram a eles e teceram elogios aos meus textos e às minhas dicas, após uma indicação, também me deixou muito feliz. Ver o blog bombando de visitas em momentos de vazamentos esperadíssimos, saber que foi linkado por blogs que você admira e entrar em contato com caras espertíssimos do "ramo", também foram experiências agradáveis.<br /><br />Seguramente, abro mão disso aqui porque já não me satisfaz como antes mas, ali do lado, na coluna de links, há diversos links de outros blogs bacanas que você pode e deve seguir (se é que já não segue). Aliás, ainda pode me seguir no Twitter (@<a href="http://twitter.com/popmata">popmata</a>) onde estou mais vivo do que nunca, falando principalmente de música, postando links para novos álbuns ou vídeos bacanas, mas também falando muita bobagem.<br /><br />Mais uma vez, obrigado pelas visitas e aproveitem aquilo que sobrou aqui (se é que ainda há algo).<br /><br />Um abraço a todos.Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com34tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-18729365614042931132009-09-29T12:16:00.000-07:002009-09-29T17:39:29.971-07:00Editors - In This Light and On This Evening (2009)<img src="http://img245.imageshack.us/img245/7471/editors.jpg" alt="Editors"><br /><br />A comparação, mesmo que por vezes, seja apenas uma maneira de avaliação, ainda é capaz de chatear a muitos. São raros os casos de bandas que se sentem elogiadas após uma comparação. Aliás, não são só os integrantes das bandas comparadas que são atingidos por tais associações, os apreciadores das mesmas, normalmente, não ficam muito contentes em ver sua banda predileta serem declaradas similares a outras (gostando destas outras ou não). Originalidade é um artigo em falta até no "mercado" de fãs.<br /><br />Nesse forte revival do pós-punk que dominou os últimos anos, uma banda que sofreu muito foi o Interpol. As comparações com o Joy Division, mesmo que discutíveis, não foram poucas. Sim, há muita influência da banda de Ian Curtis na sonoridade dos nova-iorquinos, não há dúvidas. Mas o Interpol, hoje, pode provar que vai muito além disso. Porém, mesmo agora que provado, as comparações não acabaram. Seria muito mais simples, a Paul Banks e sua turma, assumir a responsabilidade de cria do Joy Division e entender isso como um quase elogio. Mas não, isso nunca foi bem aceito pela banda. Sam Fogarino, baterista do Interpol, já declarou achar essa comparação patética. Patética ou não, o próprio Fogarino também saiu em defesa do Editors que, durante muito tempo, foi chamado de "Interpol Inglês".<br /><br />"Deixem o Editors em paz" - ele disse. Não deixamos, ainda bem. E hoje é possível ver uma banda em constante evolução apresentando seu terceiro e ótimo trabalho, após dois álbuns exemplares. Dando ainda mais margem para comparações, mas não parecendo estar preocupado com isso, "In This Light and On This Evening" é tão denso quanto admirável, e o Editors, cada vez mais, tão comparável quanto elogiável.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Wq4tyDRhU_4&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Wq4tyDRhU_4&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />Quando lançado "An End Has a Start", críticos apontavam o Editors como um futuro substituto do U2. Exageros a parte, o que eles enxergavam e o que todos podiam ver, era uma banda com muito mais disposição pop e uma ambição que envolvia, mesmo que implicitamente, estádios em seu futuro. Agora, o que ninguém esperava, pelo menos até Tom Smith declarar que o álbum era baseado nos filmes da série "Exterminador do Futuro", era que o Editors viria muito mais sombrio e inacessível.<br /><br />Não que a obra seja inacessível, mas a sua disposição para as rádios se assemelha muito mais ao New Order, ao Depeche Mode ou Echo and The Bunnymen do que ao U2 (mesmo que no início da carreira). Ao menos, é agora que o Editors abandona o fardo de "Interpol Inglês" de uma vez, afinal, a nova direção tomada pela banda, não lembra nem de longe a tomada pelos nova-iorquinos. Os sintetizadores, o clima constantemente tenso e até um flerte com o rock industrial, constroem toda atmosfera de "In This Light And On This Evening".<br /><br />A primeira faixa do álbum, que leva o nome do mesmo, precisa de 4 minutos 20 segundos para te apresentar o que vem por aí, e consegue sintetizar bem (mesmo num infame duplo sentido). "Bricks And Mortar" e "You Don't Know Love" (quarta faixa que traz a primeira "guitarra relevante" do álbum) talvez sejam canções mais preparadas para as rádios, mesmo que tenha sido "Papillon" a escolhida para ser o primeiro single, talvez por sua simplicidade e seu potencial para pistas. A desconstruída "The Big Exit" lembraria bem mais Nine Inch Nails se não trouxesse o momento mais relaxado da voz de Tom Smith, mas a sonoridade remete bem aquilo em que Trent Reznor é mestre. "The Boxer", uma linda canção que talvez faça referência ao maravilhoso, e já elogiado pelo próprio Editors, álbum do The National, abre portas para as últimas três faixas do disco, sendo a última delas, "Walk The Fleet Road", uma canção que seria capaz de colocar um orgulhoso riso no rosto de Ian Curtis.<br /><br />Acima de qualquer comparação, Editors consegue, em seu novo álbum, se renovar e se destacar num ano de grandes lançamentos (e de algumas decepções também). Correndo como nunca, ele dá uma passo a frente de todas as bandas que temem comparações e se perdem em seus próprios melindres. Não há mais Joy Division, U2 ou Interpol que segure o talento do Tom Smith e sua banda.<br /><br /><img src="http://img510.imageshack.us/img510/2879/capaia.jpg" alt="Editors - In This Light and On This Evening (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Editors - In This Light and On This Evening (2009)</span><br />01 - In This Light And On This Evening<br />02 - Bricks And Mortar<br />03 - Papillon<br />04 - You Don't Know Love<br />05 - The Big Exit<br />06 - The Boxer<br />07 - Like Treasure<br />08 - Eat Raw Meat = Blood Drool<br />09 - Walk The Fleet Road<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=1872936561404293113&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/editorsmusic"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com39tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-67087028078305270922009-09-28T10:26:00.001-07:002009-09-29T17:11:26.967-07:00Bad Lieutenant - Never Cry Another Tear (2009)<img src="http://img401.imageshack.us/img401/4548/44640787.jpg" alt="Bad Lieutenant"><br /><br />Bastam as primeiras palavras de "Sink Or Swim" para você perceber do que se trata o Bad Lieutenant. Sem a voz de Bernand Sumner, essa seria apenas uma banda altamente influenciada por New Order. Agora, com ele, trata-se de uma nova continuação, ainda que um pouco torta, para o trabalho de uma banda que se iniciou como Joy Division, há 30 anos atrás.<br /><br />Bad Lieutenant é a nova banda do ex-vocalista do New Order e do ex-guitarrista Phil Cunningham, também (este que só ingressou na banda a partir de 2001). Porém, ainda que haja a participação de Stephen Morris no projeto (não declarado ainda como membro oficial), esta continuação não causa o mesmo efeito que a continuação do New Order para o Joy Division causou, por exemplo. Com o anúncio recente feito por Peter Hook sobre fim de uma das bandas mais importantes para o cenário do rock britânico desde a década de oitenta, algumas mágoas ficaram mas não faltou disposição. Fica claro que Bernard não quer ficar afastado da música, já que inicia um novo projeto mesmo estando, incansavelmente, há anos em atividade.<br /><br />Não podendo contar com todos companheiros da ex-banda, por motivos que vão de suicídio, passam por desentendimentos e chegam às divergências, Bernard não deixa a música pop perdê-lo. Com estes valores invertidos, ele traz um novo álbum para preencher um espaço deixado pelo New Order na música mundial. Mesmo com suas falhas onde, principalmente, a pressa se fez presente, há canções em "Never Cry Another Tear" que não poderiam sair de outro lugar que não de onde vieram. E é essa originalidade que fez a diferença (mais uma vez).<br /><br /><div align="center"><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/WQxdkvkPSuY&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/WQxdkvkPSuY&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object></div><br />É também com "Sink Or Swim" que nascem as esperanças. Uma saborosa e adorável canção pop abre o álbum como se fosse 93 e estivéssemos diante de um novo "Republic". Um simples riff de guitarra, uma harmonia incrível (que conta com Alex James, baixista do Blur) e a saudosa voz de Sumner. O suficiente para entender porque o New Order fará tanta falta. <br /><br />Tentanto tapar os buracos que a finada banda deixará, Bad Lieutenant surgiu com um bocado de pressa. Talvez a simplicidade do álbum e da produção se explique nisso. Não que falte boas canções, o que temos em mãos são ótimas músicas, cheias de apelo pop e disposição. O problema é que toda sonoridade se limita a toda aquela atmosfera já tão explorada pelas bandas de Manchester e, em certos momentos, lembra bem os filhotes da ex-banda, o Doves. Lembrar Doves e fazer uma sonoridade bem Manchester são problemas? Não. Definitivamente não.<br /><br />Mas é pela grande expectativa por álbuns do New Order que o Bad Lieutenant sai prejudicado. "Twist Of Fate", "This Is Home", "Dynamo", "Shine Like The Sun" e "Poisonous Intent", por exemplo, são canções incríveis e que não se encontram facilmente por aí, mas quando se trata de figuras tão marcantes pra história da música pop, ainda é necessário mais. Mesmo assim, "Never Cry Another Tear" se mostra um grande álbum e indispensável para admiradores da ex-banda, pois se trata, mais uma vez, da música pop resolvendo todos os problemas, independente do artista por trás dela, ou de sua história. Simples assim, e não podendo de ser de forma melhor.<br /><br /><img src="http://img340.imageshack.us/img340/5685/capab.jpg" alt="Bad Lieutenant - Never Cry Another Tear (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Bad Lieutenant - Never Cry Another Tear (2009)</span><br />01 - Sink Or Swim<br />02 - Twist Of Fate<br />03 - Summer Days On Holiday<br />04 - This Is Home<br />05 - Runaway<br />06 - Running Out Of Luck<br />07 - Dynamo<br />08 - Poisonous Intent<br />09 - Shine Like The Sun<br />10 - Head Into Tomorrow<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=6708702807830527092&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/badlieutenantmusic"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-32817337812564335292009-09-24T09:10:00.000-07:002009-09-24T09:12:49.101-07:00The Flaming Lips - Embryonic (2009)<img src="http://img23.imageshack.us/img23/5770/62420837.jpg" alt="The Flaming Lips"><br /><br />Foi depois de um pouco mais de 10 audições e de quase nenhuma compreensão, que entendi o valor de "Embryonic", novo trabalho do fabuloso Flaming Lips.<br /><br />Há mais de 20 anos lançando álbuns, o quarteto de Oklahoma só foi receber o justo reconhecimento em 1999, com o divisor d águas "The Soft Bulletin", que veio depois do quádruplo e pretensiosíssimo álbum "Zaireeka" (uma experiência praticamente malsucedida, onde a pessoa deveria executar os quatro álbuns em quatro aparelhos diferentes, ao mesmo tempo), que vinha para afogar as mágoas de um único single relevante para o universo da música popular. Se depois disso, o Flaming Lips conseguiu emplacar outro ótimo e elogiadíssimo álbum, "Yoshimi Battles the Pink Robots", a ressaca ficou para o enxugado "At War with the Mystics", que apesar de ser um dos momentos mais sensatos da banda e carregar ótimas canções pop consigo, não trazia a mesma grandiosidade dos trabalhos anteriores.<br /><br />É preciso entender toda esta caminhada recente do Flaming Lips, e também adorar a banda (e acreditar que eles são uma das bandas mais relevantes surgida nos últimos anos), para ter "paciência" para seu novo álbum. Coloque algo na sua cabeça antes de ouvir, e vai entender o que eu digo: o Flaming Lips não mais fez e não mais fará um álbum ruim.<br /><br />Agora prepare-se.<br /><br /><div align="center"><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tn0hJl6_-nQ&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tn0hJl6_-nQ&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object></div><br />Assim como em "Zaireeka", o disco se trata de grandes experimentações sobre ritmos e texturas, tudo isso, obviamente, apurado com belas e doces melodias. Ok. Nem Sempre. Se a banda vinha de uma sequência de canções pop tão bem definidas, apesar de envoltas a diversas camadas e ruídos, as novas canções não trazem mais toda aquela alegria. O clima agora é mais tenso, os momentos mais incompreensíveis, porém as sensações são naturais e não há um clima de falsidade. Durante as 18 faixas, ainda é possível encontrar momentos deliciosamente harmoniosos e é impossível não reconhecer o TFL.<br /><br />Apesar da proposta ambiciosa, é nos detalhes mais simples que "Embryonic" pode te conquistar. A quase hipnótica "Convinced Of The Hex", a belíssima (ainda que camuflada) "Evil", a poderosa "See The Leaves" seguida da quase silenciosa "If", são as faixas responsáveis por você chegar até a metade do disco. Não vou negar que é complicado, diante de tanta experimentação, manter-se estável até metade do disco. Mas, se chegou até aqui, vai sentir que valeu a pena.<br /><br /><div align="center"><object width="504px" height="427px" ><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="wmode" value="transparent"/><param name="movie" value="http://mediaservices.myspace.com/services/media/embed.aspx/m=63255784,t=1,mt=video"/><embed src="http://mediaservices.myspace.com/services/media/embed.aspx/m=63255784,t=1,mt=video" width="504" height="427" allowFullScreen="true" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object></div><br />Após a nona faixa, você se depara imediatamente com a enérgica "The Ego's Last Stand" e, a seguir, com "I Can Be A Frog", a mais doce e fofa do álbum, onde Karen O, do Yeah Yeah Yeahs, encara um sapo, um urso, um índio e até um furacão para uma espécie de declaração apaixonada mais que original. A parceria com o MGMT não deu exatamente bons frutos, "Worm Mountain" parece mais ter gerado uma plantação toda de esquisitices. A auto-tuneada "The Impulse" é resposta do lado B para "If". Segue-se então com "Silver Trembling Hands" e duas faixas de confusão sonora que espanta até o restante do álbum.<br /><br />Aguentou até aqui? Talvez tenha sido esse o maior desafio imposto pelo Flaming Lips, desde comprar 4 aparelhos de som para ouvir o "Zaireeka".<br /><br />O que fica é um produto de <i>jam sessions</i> executada por uma das mais significativas bandas que resiste há anos no cenário musical. E a teoria de que o Flaming Lips não fará mais um álbum ruim, mantém-se intocável, ainda que seja de uma maneira bem diferente. E caberia melhor?<br /><br /><img src="http://img24.imageshack.us/img24/6206/capanz.jpg" alt="The Flaming Lips - Embryonic (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">The Flaming Lips - Embryonic (2009)</span><br />01 - Convinced Of The Hex<br />02 - The Sparrow Looks Up At The Machine<br />03 - Evil<br />04 - Aquarius Sabotage<br />05 - See The Leaves<br />06 - If<br />07 - Gemini Syringes<br />08 - Your Bats<br />09 - Powerless<br />10 - The Ego's Last Stand<br />11 - I Can Be A Frog<br />12 - Sagittarius Silver Announcement<br />13 - Worm Mountain<br />14 - Scorpio Sword<br />15 - The Impulse<br />16 - Silver Trembling Hands<br />17 - Virgo Self-Esteem Broadcast<br />18 - Watching The Planets<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=3281733781256433529&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/flaminglips"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-1979209004537241862009-09-21T13:06:00.000-07:002009-09-21T13:08:09.346-07:00Rain Machine - Rain Machine (2009)<img src="http://img242.imageshack.us/img242/9963/59500966.jpg" alt="Rain Machine"><br /><br />Na época dos posts curtos, eu falei sobre <a href="http://popmata.blogspot.com/2009/03/iran-dissolver-2009.html">o álbum do Iran lançado neste ano</a> e responsabilizei Kyp Malone por aquele disco tão precioso. Malone além de um ótimo instrumentista, compositor, letrista e dono de uma voz única, tem liderado a ótima vanguarda da nova música estadunidense com o Tv on The Radio. Não é pouca coisa, mas também não foi o suficiente.<br /><br />Rain Machine é o seu projeto solo, cujo álbum de estreia será lançado amanhã. E o "amanhã", agora no sentido de futuro, é algo que Malone parece dominar muito bem. Suas canções soam mais do que frescas, por vezes até chegam a simular uma vindoura compreensão, onde sempre parece cedo demais pra compreender totalmente certo formato. Esse conjunto de sensações persiste em sua estreia solo, num álbum com ótimas canções, apesar de detalhes pecaminosos. Ainda que não seja o seu melhor, "Rain Machine", assim como qualquer peça produzida por este nova-iorquino até hoje, não se mostrou algo dispensável.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DD60Ys8OQRI&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/DD60Ys8OQRI&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />Os assobios que abrem o álbum até nos dão a impressão que estamos prestes a conhecer um lado menos tenso do compositor. Porém, bastam as primeiras palavras de "Give Blood" para perceber que Kyp Malone não escolheu ir muito distante do que já havia produzido com o TVotR. A canção dá razão para a criação, do próprio compositor, diga-se de passagem, da nada convencional capa do álbum. A partir daí, você está prestes a ouvir as canções mais carinhosas que Malone produziu, ainda que não sejam as mais doces.<br /><br />A incrível "New Last Name" abre as portas para uma sequência matadora de ótimas faixas, ainda que se tornem um tanto cansativas mais ao fim do álbum. Mas esse "cansaço" é gerado pela grande repetição de fórmulas porém, isoladamente, cada uma delas se mostra fortíssima e, porque não, belíssima. Não se desespere ou se decepcione. A política "Smiling Black Faces" e a quase silenciosa "Driftwood Heart" mostram o caminho até outra faixa que poderia pertencer a um album do TVotR, "Hold You Holly". Então, surge uma série de canções influenciadas por uma onda folk, onde Kyp exibe toda força de sua característica voz. Mas é na nada folkeada "Love Won't Save You" que ele emociona. Espancando sua guitarra, ele vai do sussurro ao grito (e ao quase choro) pra te dizer que o amor não vai te salvar.<br /><br />Rain Machine mostra a face mais humano do compositor, e deixa um pouco de lado toda agitação e energia que parecia não ter fim naquele guitarrista preciso do TvotR. Ainda que isso seja uma decepção para certas pessoas, parece o mais sensato para este Kyp Malone. Pelo menos, enquanto o futuro não vem, ele continua fazendo a imagem (ou a sonoridade) mais condizente com o que há de vir, ainda que aposte em resgates, seja simples ou que faça simplesmente música, em sua forma mais primitiva e sincera.<br /><br /><img src="http://img148.imageshack.us/img148/6291/capac.jpg" alt="Rain Machine - Rain Machine (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Rain Machine - Rain Machine (2009)</span><br />01 - Intro<br />02 - Give Blood<br />03 - New Last Name<br />04 - Smiling Black Faces<br />05 - Driftwood Heart<br />06 - Hold You Holly<br />07 - Desperate Bitch<br />08 - Love Won't Save You<br />09 - Free Ride<br />10 - Leave The Lights On<br />11 - Winter Song<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=197920900453724186&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/rainmachinemusic"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-75869192467462180162009-09-18T09:36:00.000-07:002009-09-18T09:39:55.589-07:00Islands - Vapours (2009)<img src="http://img269.imageshack.us/img269/4161/islandss.jpg" alt="Islands"><br /><br />Qual é a desse pop que não é feito para rádios e nem para a massa? Como pode ser pop se há o esforço para se complexo e demora para ser "digerido"? Seja com o The Unicorns ou com o Islands, Nick T. sempre explorou um lado pop que o próprio pop não compreende. E nem é o fator inovação que guia esta sentença da incompreensão, são as distorções das guias que o pop exige que impede que estes trabalhos se encaixem de forma confortável no termo.<br /><br />Em "Vapours", os canadenses do Islands retornam de maneira incansável para esta experiência de criar dentro desta nada usual concepção de pop, porém desta vez, diferentemente do "comum" "Arm's Away" de 2008, eles resgatam com força total os sintetizadores tão presentes no "Return to the Sea", álbum de estreia da banda, e também resgatam deste álbum J'aime Tambeur, integrante original da banda e do falecido Unicorns, que tinha abandonado o conjunto em seu segundo álbum. De onde nenhum resgate parece ter sido feito foi, realmente, do segundo trabalho da banda. Aquela facilidade das canções, as orquestrações, os climas épicos... tudo isso ficou de fora.<br /><br />Apostando naquelas que seriam versões distorcidas do que se entende hoje por músicas radiofônicas, o Islands traz um álbum cheio de ótimos momentos mas, também, repleto de opções curiosas e objetivas. O quanto isso pode ser complexo? Meça.<br /><br /><div align="center"><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8njbasF4wCc&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/8njbasF4wCc&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object></div><br />Tomar a alegre "Vapours" e a auto-tuneada "Heartbeat" como exemplo de canções que representam o álbum, é uma farsa. Canções que funcionam bem e sozinhas, porém quase únicas, nada se assemelham ao restante das faixas que utilizam de repetições em baterias eletrônicas para criar os ritmos por onde caminharão as melodias bem-dispostas de Nick T.. Dentro deste cenário, há espaço para "No You Don't" e para a dançante "Devout" se destacarem. Mais elaboradas, a sequência "Disarming The Car Bomb", "Tender Torture" e "Shining" seguram muito bem a onda durante a passagem do lado A para o lado B. Após isso, a arrastada "On Foreigner" vem com uma levada muito parecida com o tema de "Edward Mãos de Tesoura" para de relembrar que esse não se trata de um álbum com canções usuais.<br /><br />É exatamente por procurar uma diferenciação e por não querer apostas no mesmo, que o Islands tem seu certo prestígio no universo de quem sempre procura por novas sonoridades e por diferentes maneiras de se fazer música. "Vapours" é sobre ser pop e também extremamente esquisito. Como se aquele sujeito estranho do seu trabalho (ou da sua escola), se tornasse o cara mais popular do circuito. Qual é mesmo a desse pop?<br /><br />Extravagante e certeiro, esse é o seu amigo Nick T.<br /><br /><img src="http://img43.imageshack.us/img43/2361/capaij.jpg" alt="Islands - Vapours (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Islands - Vapours (2009)</span><br />01 - Switched On<br />02 - No You Don't<br />03 - Vapours<br />04 - Devout<br />05 - Disarming The Car Bomb<br />06 - Tender Torture<br />07 - Shining<br />08 - On Foreigner<br />09 - Heartbeat<br />10 - The Drums<br />11 - EOL<br />12 - Everything Is Under Control<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=7586919246746218016&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/islands"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-19869475239803785552009-09-17T09:20:00.000-07:002009-09-17T09:24:39.484-07:00Monsters of Folk - Monsters of Folk (2009)<img src="http://img33.imageshack.us/img33/4993/monsterst.jpg" alt="Monsters of Folk"><br /><br />Nome de clássico, capa de clássico, formação de clássico. Só o que não tem de clássico é o conjunto das canções. Isso também não quer dizer que seja um álbum ruim. Longe disso: é um ótimo disco. Se todos os dias fossem lançados não-clássicos assim, a música já estaria longe demais da nossa compreensão.<br /><br />O supergrupo é formado por Yim Yames (líder do My Morning Jacket) Conor Oberst (o Bright Eyes), Mike Mogis (guitarrista do Bright Eyes) e M. Ward (que recentemente ganhou mais destaque por seu projeto com Zooey Deschanel em She & Him). O objetivo era de tornar oficial aquilo que eles faziam desde 2004 pra se divertir: criar canções folk. Não foi exatamente isso que acabou saindo. Mais do que canções folk, o disco é repleto de belas canções pop influênciadas por toda cultura estadunidense. Mas, além de uma bela homenagem à música americana, o álbum acabou se tornando um grande presente a todos os fãs específicos de cada artista. Todos eles são ativos no projeto e, apesar do, ex-prodígio, Conor e, o gênio, Jim James se destacarem mais, para Mogis e Ward acabou se tornando uma outra boa vitrine para seus trabalhos.<br /><br />Os vocais alternados, o bom sentimentalismo do Bright Eyes, a força das canções do MMJ, belas guitarras, violões e, porque não, sintetizadores. A influência do folk só não é presença única, porque as canções pediram mais. E, a presença de alguns dos mais importantes ícones para a música alternativa estadunidense da nova década, fez a diferença. Fez música.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/xWC7UlsyAT8&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/xWC7UlsyAT8&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />A ausência de um conjunto de canções que formaria um clássico, acontece devido a homogenia do álbum. As faixas, por mais parecerem uma coleção de produtos de diversas sessions, pouco se destacam entre si. "Say Please", "Whole Lotta Losin'" e "Losin Yo Head" acabam levando os destaques nas primeiras audições, por apelarem mais para o pop e valorizarem refrões, em suas belas melodias. Porém, dentre as 12 faixas restantes, é possível encontrar detalhes lindos e, também, sua canção favorita do disco. "Dear God (sincerely M.O.F.)", sem dúvida a menos folk do álbum, abre o disco como a mais grooveada. "Man Named Truth", uma balada tensa, chega a lembrar o grande Robert Allen Zimmerman. E a quem mais lembraria? Talvez Fleet Foxes, como acontece em "Map of the World". E o álbum encerra com a belíssima "His Master's Voice", doce e agradabilíssima.<br /><br />Apesar do nome pretensioso, a ambição não parece ter sido a mesma. "Monsters of Folk", o álbum, não funciona como um clássico mas, Monsters of Folk, a banda, cumpre muito bem o papel e nem se parece apenas como uma reunião de amigos, tamanha é a unidade e o entrosamento dos integrantes. Recheado de ótimas canções, este álbum possui muito mais argumentos para conquistar um espaço na sua coleção de discos do que na história da música pop atual. E não é isso que vale a pena? Para uma reunião de amigos, isto já está mais do que suficiente e, como um álbum de música pop, ele também não fica muito atrás.<br /><br /><img src="http://img441.imageshack.us/img441/6664/capat.jpg" alt="Monsters of Folk - Monsters of Folk (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Monsters of Folk - Monsters of Folk (2009)</span><br />01 - Dear God (sincerely M.O.F.)<br />02 - Say Please<br />03 - Whole Lotta Losin'<br />04 - Temazcal<br />05 - The Right Place<br />06 - Baby Boomer<br />07 - Man Named Truth<br />08 - Goodway<br />09 - Ahead of the Curve<br />10 - Slow Down Jo<br />11 - Losin Yo Head<br />12 - Magic Marker<br />13 - Map of the World<br />14 - Sandman, the Brakeman and Me<br />15 - His Master's Voice<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=1986947523980378555&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/monstersoffolk"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-69844272770289214302009-09-16T07:47:00.001-07:002009-09-17T04:57:30.847-07:00The xx - xx (2009)<img src="http://img225.imageshack.us/img225/601/93181997.jpg" alt="The xx"><br /><br />O maior problema do hype é a espécie de escudo que ele cria em torno do artista. Um estranho escudo que quase implora para ser atacado, mas que também recebe ainda mais reforço, pois sobra quem queira protegê-lo. O curioso é que, esse mesmo escudo, é o que afasta alguns ouvintes. Eu sou daquele tipo que quero saber porque tanto falam de certo álbum ou de certas músicas, quero entender porque ganham tamanha evidência. E é o hype que nos faz criar expectativas que vão além do necessário.<br /><br />Por criar tanta expectativa em torno do The xx, acabei por não enxergar o suficiente sobre eles. Ouvi uma, duas vezes, e entendi que era só mais uma banda supervalorizada pela mídia especializada. De repente, ao ouvir uma rádio online, sem pretensão nenhuma, me deparei novamente com o The xx e, sem expectativas, fui cativado por aquela que nada se parecia com a banda protegida por tantas palavras desnecessárias que ouvi anteriormente. Tudo soava tão simples, natural, envolvente e interessante que, praticamente, parecia estar sendo flertado por cada acorde e batida daquela doce canção.<br /><br />Cedi. Também já me sentia conquistado e apaixonado por aquelas que se tornariam as músicas mais sensuais já ouvidas neste ano. Sendo assim, também resolvi falar e reforçar, ainda mais, esse escudo que já não se sabe bem se atrapalha ou ajuda mais.<br /><br /><div align="center"><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Pib8eYDSFEI&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Pib8eYDSFEI&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object></div><br />Uma simplicidade tão explícita que se torna indecente. Não há o mínimo esforço de inserir elementos ou ainda mais camadas às canções. O minimalismo dos arranjos é o que constrói toda atmosfera do álbum. Certamente, não houve um deslumbramento ao entrar no estúdio de gravação e se deparar com diversas possibilidades: por estar com os pés no chão e a cabeça nas alturas, os ingleses do The xx optaram por valorizar as melodias (ainda que simples) e criar espaço suficiente em cada música, para que caiba toda a série de sensações que você vai ter. E não serão poucas.<br /><br />A sensualidade carrega as faixas que de tão pops, se tornam incomuns. São vozes doces, batidas e ritmos tão naturais, recheados de baterias eletrônicas, acordes simples de guitarra, baixos bem medidos e muitas repetições, que torna ainda mais prático e envolvente cada segundo dos 38 minutos propostos pelo "xx", álbum de estreia lançado há um mês atrás.<br /><br />E, por não pertencer a certo momento e nem se encaixar apenas em um estilo, The xx merece toda atenção que recebe, apesar de que cada palavra que é dita acaba se tornando inútil, já que o necessário, neste caso, é sentir. Permita-se sentir e deixe-se ser conquistado. Há tempos que um hype não se mostra tão original e agradável assim.<br /><br /><img src="http://img248.imageshack.us/img248/9240/capaee.jpg" alt="The xx - xx (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">The xx - xx (2009)</span><br />01 - Intro<br />02 - VCR<br />03 - Crystalised<br />04 - Islands<br />05 - Heart Skipped A Beat<br />06 - Fantasy<br />07 - Shelter<br />08 - Basic Space<br />09 - Infinity<br />10 - Night Time<br />11 - Stars<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=6984427277028921430&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/thexx"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com54tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-23733724580152355422009-09-11T09:27:00.000-07:002009-09-11T09:28:44.879-07:00Mika - The Boy Who Knew Too Much (2009)<img src="http://img179.imageshack.us/img179/2050/mikan.jpg" alt="Mika"><br /><br />Se você não gostou do Mika no sucesso "Life in Cartoon Motion", seu primeiro álbum que vendeu quase 6 milhões de cópias, prepare-se para não gostar dele em "The Boy Who Knew Too Much". A não ser que você tenha mudado um pouco (ou muito), porque o libanês /inglês nada mudou. Não sendo tão duro, é possível dizer que Mika "cresceu" um pouco em seu novo álbum, que não mais aborda tanto temas infantis, e aposta em algo mais adolescente.<br /><br />As composições, apesar de em certos momentos apresentarem algumas ousadias não tão presentes no debute do artista, continuam apostando em fórmulas pop "evoluídas" somadas à super voz e personalidade de Mika.<br /><br />Os momentos constrangedores, divertidos e clichês persistem. E isso é o máximo.<br /><br /><div align="center"><object width="580" height="485"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/2WknXCcVThI&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/2WknXCcVThI&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="580" height="485"></embed></object></div><br />Um grande atrativo do álbum é a voz peculiar de Mika, um misto de Freddie Mercury, Prince e Elton John (nem tanto, vai), somado a uma feminilidade ainda maior mas que, por vezes, parece tão máscula, que nos prova o quão esse quesito "gênero" é irrelevante quando se tem um artista de tal envergadura como Mika, que leva sua voz onde quer, e faz de momentos empolgantes ou doces igualmente agradáveis mesmo com todas suas diferenças.<br /><br />Cabe a compreensão de que este, como o primeiro trabalho do artista, é uma obra estritamente pop. Não cabe a um específico ramo pseudo-alternativo ou descolado. É um álbum recheado de canções para a massa, para famílias, para colégios, para estádios, pra mim e pra você. Não são músicas que selecionam o público, são músicas que abrem margem para qualquer tipo de público selecioná-las como favoritas. E isso é um desafio, já que criar canções tão agradáveis, populares e, ao mesmo tempo, não cair no mais do mesmo sendo que, ainda assim, fazem sucesso, é quase incompreensível para o universo musical atual.<br /><br />Destaque para momentos empolgantes como "We Are Golden", "Blame It On the Girls", "Good Gone Girl" e "Touches You", e momentos mais fantasiosos e elaborados como "Dr. John", "Blue Eyes", "Toy Boy" e "Lover Boy". Destaque também para os arranjos, que são criativos mesmo quando através de bases eletrônicas, e se superam quando envolve vários elementos. Destaque, acima de tudo, para Mika, um artista completo, altamente desenvolvido e, porque não, disposto, já que é daqueles que nos faz acreditar que o termo "pop" ainda pode funcionar como um elogio e como uma qualidade de músicas que naturalmente se destacam, e que brilham. E quem brilha é Mika, por isso caber tão bem a ele.<br /><br /><img src="http://img151.imageshack.us/img151/8283/capaya.jpg" alt="Mika - The Boy Who Knew Too Much (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Mika - The Boy Who Knew Too Much (2009)</span><br />01 - We Are Golden<br />02 - Blame It On the Girls<br />03 - Rain<br />04 - Dr. John<br />05 - I See You<br />06 - Blue Eyes<br />07 - Good Gone Girl<br />08 - Touches You<br />09 - By the Time<br />10 - One Foot Boy<br />11 - Toy Boy<br />12 - Pick Up Off the Floor<br />13 - Lover Boy<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=2373372458015235542&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/mikamyspace"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-43656603027416372212009-09-09T09:55:00.000-07:002009-09-10T10:26:29.681-07:00Muse - The Resistance (2009)<img src="http://img188.imageshack.us/img188/1563/museq.jpg" alt="Muse"><br /><br />Quando foi que a pretensão se tornou algo ruim? Ninguém certamente se lembra do dia em que se subjugar à simplicidade e à humildade exagerada se tornou a mais honorável postura. Também não se sabe quando a música mais comum e tosca passou a ser a mais sincera.<br /><br />O que é sinceridade pra você? A sinceridade é tão variável e tão mal compreendida, que há quem acredite em apenas um modo de tal sentimento ser expressado. Há quem só acredite no seu modo de compartilhar tal sentimento, e que sinceridade se limita a isso. Certamente que não e, assim como qualquer outro sentimento e a própria música, ele só se torna real e faz sentido, quando compartilhado. Quando se limita sua compreensão, você limita sua própria capacidade de observação e se priva de certas experiências.<br /><br />Vários foram os obstinados a trazer novos rumos para a música popular. Digo isso no âmbito da experimentação e mistura de influências que vão da mais diversificada música popular à erudita. Diversos misturaram e trouxeram novas perspectivas. Hoje em dia é cada vez mais raro encontrar artistas dispostos a se aventurar num universo tão pretencioso quanto perigoso.<br /><br />É sim uma pretensão gigantesca fazer um álbum imaginando que ele possa ser o melhor de todos os tempos. Mesmo que não seja para todos, que possa ser pra alguém. Fazer um álbum não se limitando ao "alternativismo" do rock, nem mesmo se limitando ao rock e qualquer vertente dele (pop, progressivo ou dançante), acaba virando uma missão daquelas que só se daria a maior banda do mundo. E isso é tão perigoso, que ninguém quer assumir tal posto, por maiores que possam ser os benefícios disso.<br /><br />Então, quando foi que o Muse se tornou a maior banda do mundo?<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5yT_gQvamWE&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/5yT_gQvamWE&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />Obviamente, admiro muito artistas que baseiam suas composições em simplicidade e também aqueles que apostam numa produção lo-fi para expressar todo sentimento de suas canções. Há belos artistas e diversos trabalhos interessantes nesse âmbito. Mas também sei que não é só disso que a música persevera.<br /><br />Grandes produções como "The Resistance", novo álbum do trio inglês Muse, já fizeram e fazem muito pela música. A pretensão se inicia no primeiro segundo e só termina junto com a última faixa (que na verdade são três, uma bela sinfonia chamada "Exogenesis"). E essa sede por um grande álbum, por criar uma obra de valor, é o que, pro vezes, mata uma banda. Mas não aconteceu isso. O Muse é experiente demais pra deixar isso acontecer. Em seu quinto álbum de estúdio, eles provam que já aprenderam muito. De quando eram filhotes do Radiohead, até quando fizeram uma grande obra conceitual (Absolution) até seu álbum mais pop, mesmo não sendo pop (Black Holes and Revelations) e com mais hits (até uma impensável e excêntrica ópera rock chamada "Knights of Cydonia"). E é essa carga toda, somada uma série de influências eruditas, e também de bandas como Queen e Rush, mas não longe de sonoridades de FM's, que o Muse constrói seu álbum mais bem resolvido e se destaca.<br /><br />Os momentos mais pops são reservados para faixas como "Uprising", "Undisclosed Desires" e "Unnatural Selection", essa que também se destaca como uma das mais interessantes do álbum, ao lado de "MK Ultra", "I Belong to You (+Mon Cœur S'ouvre à ta Voix)" e a quase balada "Guiding Light". Para os momentos mais excêntricos, procure por "United States of Eurasia (+Collateral Damage)" (que deixaria Freddie Mercury orgulhoso) e a sinfonia de três partes "Exogenesis" (que faria Freddie aplaudir seus quase-compatriotas).<br /><br />Se você procura um Muse disposto a invadir rádios e ouvidos dos mais diferentes ouvidos, você encontrará em "The Resistance", mas perceberá que não é de maneira convencional que eles, novamente, querem chegar lá. Abusando sim de muita pretensão e apostando em algo tão grandioso que pode assustar os menos preparados, Matt, Chris e Dominic fazem aquilo que centenas de bandas gostariam: fincam seus pés na história da música pop e lançam uma obra de valor verdadeiro. Sincero sim, na mais pomposa face que a sinceridade pode ter mas, acima de tudo, espetacular, no porte da maior banda do mundo, no porte do Muse. E nada menos do que isso poderia ser esperado.<br /><br /><img src="http://img406.imageshack.us/img406/2832/capazg.jpg" alt="Muse - The Resistance (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Muse - The Resistance (2009)</span><br />01 - Uprising<br />02 - Resistance<br />03 - Undisclosed Desires<br />04 - United States of Eurasia (+Collateral Damage)<br />05 - Guiding Light<br />06 - Unnatural Selection<br />07 - MK Ultra<br />08 - I Belong to You (+Mon Cœur S'ouvre à ta Voix)<br />09 - Exogenesis: Symphony Part 1 (Overture)<br />10 - Exogenesis: Symphony Part 2 (Cross-Pollination)<br />11 - Exogenesis: Symphony Part 3 (Redemption)<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=4365660302741637221&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/muse"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com44tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-31494395747542222592009-09-03T14:51:00.000-07:002009-09-03T14:53:46.423-07:00The Cribs - Ignore the Ignorant (2009)<img src="http://img34.imageshack.us/img34/6743/cribs.jpg" alt="The Cribs"><br /><br />Ao ouvir a prévia do novo álbum do The Cribs, "Ignore The Ignorant", mesmo em baixa qualidade e cheia de problemas, já era possível perceber que este seria o álbum da banda com mais qualidade e com menos problemas. Mais qualidade nas composições, nos riffs (já que se trata de uma banda baseada em guitarras), nas melodias e o mais criativo também. Menos problemas de falta de originalidade ou de criação de músicas que se limitam a serem divertidas, como acontecia nos álbuns que antecedem a este.<br /><br />Agora, que é possível ter uma versão com mais qualidade no seu player, é possível também enxergar três pontos bem claros no porquê este é o melhor álbum dos irmãos de Yorkshire: Criatividade, diversão e maturidade. E esses três pontos podem ser resumidos em apenas um nome: Johnny Marr.<br /><br /><div align="center"><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TLiz1X4W87sM&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/TLiz1X4W87s&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></div><br />Johnny Marr, como todos sabem, era o guitarrista e principal parceiro de composições de Morrissey no The Smiths que, pra mim, foi uma das principais bandas já criadas para a história do novo rock. Porém, como todos devem saber também, Marr não parou. Já trabalhou com Pretenders, The The, Electronic (projeto dele e Bernard Sumner, do New Order) e, mais recentemente, Modest Mouse. Mas foi durante o ano passado, quando ingressou numa turnê com o The Cribs, que escolheu sua nova-nova banda e, assim, passou a ser, oficialmente, um integrante da banda que, até então, era composta apenas por irmãos. E esse novo integrante que, praticamente, se mudava para a casa da família Jarman, chegou disposto a mudar todos os móveis de lugar e fazer uma nova decoração para deixar os visitantes mais satisfeitos (e conseguiu). <br /><br />O novo The Cribs ainda traz canções baseadas em guitarras, e ainda são os riffs pegajosos e as letras espertas que fazem a banda se destacar. Mas ela consegue ir além disso. As guitarras são ainda mais criativas. As melodias não se satisfazem mais em ser apenas dançantes, elas já criam momentos mais interessantes e apresentam uma nova característica atraente na banda. Canções como "Save Your Secrets" e "We Share The Same Skies" judiam dos seus sentimentos. "City Of Bugs", uma criação linda que os colocaria como verdadeiros filhos do Sonic Youth (ou irmão, no caso de Marr), engrandecem o disco. A ótima "Cheat On Me" funciona como o maior hit do álbum, e ainda dá margem para "We Were Aborted" e "Emasculate Me" se destacarem.<br /><br />Quando uma banda lança o melhor álbum de sua carreira, é sempre motivo pra você estufar o peito e dizer cheio de orgulho: eu adoro essa banda. Porém, quando se torna duvidoso o mérito disto, você se contém um pouco. Seria, realmente, somente Johnny Marr o responsável por toda evolução da banda e da obra? Como aconteceu no último álbum, "Men's Needs, Women's Needs, Whatever", quando Alex Kapranos era produtor, e acabou levando todo louro da vitória, a dúvida persiste. The Cribs, realmente, não tem perfil de uma grande banda ou, ao menos, não tinha até então. Teriam os irmãos Jarman acordado para calar a minha boca? Ou realmente foi Marr o responsável por mais um calar de boca generalizado?<br /><br />Independente do merecedor, quem ganha o prêmio, somos nós.<br /><br /><img src="http://img257.imageshack.us/img257/1560/capacwp.jpg" alt="The Cribs - Ignore the Ignorant (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">The Cribs - Ignore the Ignorant (2009)</span><br />01 - We Were Aborted<br />02 - Cheat on Me<br />03 - We Share the Same Skies<br />04 - City of Bugs<br />05 - Hari Kari<br />06 - Last Year's Snow<br />07 - Emasculate Me<br />08 - Ignore the Ignorant<br />09 - Save Your Secrets<br />10 - Nothing<br />11 - Victim of Mass Production<br />12 - Stick to Yr Guns<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=3149439574754222259&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/thecribs"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-36327866205703568322009-08-28T12:36:00.001-07:002009-08-28T12:37:22.225-07:00The Twilight Sad - Forget The Night Ahead (2009)<img src="http://img215.imageshack.us/img215/4204/42441309.jpg" alt="The Twilight Sad"><br /><br />Toda série de defeitos que você guardou e erros que cometeu, daqueles que mal se lembrava, parecem despertar. A cada faixa, o peso parece aumentar, e fica mais difícil carregar todo peso sonoro e a culpa que você sente. Não é um álbum divertido, e talvez nem os temas combinem com o seu dia-a-dia. Mas, durante quase 50 minutos, o Twilight Sad consegue prender sua atenção, assim como fez em seu álbum de estreia e, ainda mais, consegue mexer com teus sentimentos.<br /><br />A tristeza e a culpa te fazem procurar pelo o seu lado mais positivo, te faz visitar aquele cantinho dentro de você onde estão guarda todas suas coisas boas, para que assim consiga equilibrar a balança de si mesmo. E essa experiência é muito valiosa. <br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/g2zgVcP5WYU&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/g2zgVcP5WYU&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />A confusão de sentimentos não é só o que o álbum te proporciona. Belas canções, protegidas por uma parede guitarras ruidosas, melodias melancólicas, um vocal cheio de personalidade (e um sotaque de matar) e, por vezes, aquele piano que parece ter pouquíssimas teclas, isso pela repetição proposta, compõem competentemente "Forget The Night Ahead", o segundo álbum dos escoceses, com data de lançamento marcada para o dia 21 de setembro.<br /><br />Com arestas um pouco mais desfocadas, este segundo trabalho dá uma boa continuidade para o grande álbum de estreia "Fourteen Autumns & Fifteen Winters" de 2007. As sonoridades, ainda que bem similares, ganham um pouco mais de sujeira, mas uma sujeira toda bem planejada, onde os ruídos contribuem para construção de momentos mais tensos e agressivos.<br /><br />Prepare sua caixa de fotos (ou aquela pasta do computador que há tempos não visita), abra os e-mails antigos, tire o pó das velhas cartas e prepare-se: esse álbum vai mexer contigo, e você vai precisar de boas razões pra saber que a vida não é ruim. Aliás, esse álbum pode ser uma delas (por mais contraditório e confuso que isso possa parecer).<br /><br /><img src="http://img223.imageshack.us/img223/7474/capaaqx.jpg" alt="The Twilight Sad - Forget The Night Ahead (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">The Twilight Sad - Forget The Night Ahead (2009)</span><br />01 - Reflection of the Television<br />02 - I Became a Prostitute<br />03 - Seven Years of Letters<br />04 - Made to Disappear<br />05 - Scissors<br />06 - That Room<br />07 - That Birthday Present<br />08 - Floorboards Under the Bed<br />09 - Interrupted<br />10 - The Neighbours Can't Breathe<br />11 - At the Burnside<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=3632786620570356832&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/thetwilightsad"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-62723430270115466762009-08-28T06:10:00.000-07:002009-08-28T06:12:17.428-07:00Young Galaxy - Invisible Republic (2009)<img src="http://img39.imageshack.us/img39/1508/70649054.jpg" alt="Young Galaxy"><br /><br />Ainda é no DreamPop que o Young Galaxy melhor se adapta, onde se desenvolve melhor e onde agrada. "Invisible Republic" é cheio destes ótimos momentos, que trazem a lembrança da também ótima estreia da banda mas, momentos que beiram o constrangimento, quase botam tudo a perder.<br /><br />Um single mal escolhido, uma primeira faixa (e uma sexta também, vai) com um certo exagero em influências oitentistas, quase me impediu de continuar a audição do álbum e, assim, de conhecer belas canções de melodias e atmosfera adoráveis.<br /><br />Foi a confiança nos canadenses que me fez fincar o pé na tal república invisível e que, ao fim, me tornou um grande "nacionalista", ainda que haja inseguranças quanto a algumas decisões desse governo atual.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/3HAEhzfNx1c&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/3HAEhzfNx1c&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />Não se espante com a faixa que abre o álbum. Possivelmente, você pode gostar mas, se isso não acontecer, espere pelas próximas. São momentos como "Oh Sister", "Destroyer", "Pathos" e, principalmente, "Dreams, pra mim a canção mais bonita já feita por eles, que faz todo álbum valer a pena e, por isso, não poderia deixar esse lançamento passar em branco.<br /><br />Ainda que tenha sido "Long Live The Fallen World", a "temida" primeira faixa, escolhida pra ser o single que lançaria o álbum, não me desanimou. O álbum de estreia da banda era muito interessante para o novo ser descartado por uma única música. Realmente, não foi a única que me fez estranhar o álbum como um todo, "Disposable Times" e "Smoke And Mirror Show" ainda não me desceram bem também. Agora, ouça "Light Years" e "Firestruck", onde Catherine McCandless, com um timbre doce, atinge o auge do seu potencial vocal, para entender porque três canções não foram o suficiente para derrubar outras sete.<br /><br />Em "Invisible Republic", como numa república mesmo, há certos peixes podres que não fizeram por merecer os cargos que representam. E, certamente, terá uma certa parcela do povo que rejeitará os governantes e essas novas escolhas. Pra mim, o único erro foi transformar em república aquilo que era monarquia, onde reis estavam no topo. Mas, ainda assim, essa nova forma governo, nos trouxe ótimos momentos também.<br /><br /><img src="http://img27.imageshack.us/img27/5846/capaiai.jpg" alt="Young Galaxy - Invisible Republic (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Young Galaxy - Invisible Republic (2009)</span><br />01 - Long Live The Fallen World<br />02 - Oh Sister<br />03 - Destroyer<br />04 - Pathos<br />05 - Light Years<br />06 - Disposable Times<br />07 - Dreams<br />08 - Queen Drum<br />09 - Smoke And Mirror Show<br />10 - Firestruck<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=6272343027011546676&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/younggalaxy"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-65613939860792667162009-08-27T07:27:00.000-07:002009-08-27T07:31:52.762-07:00The Big Pink - A Brief History Of Love (2009)<img src="http://img38.imageshack.us/img38/8509/bigpink.jpg" alt="The Big Pink"><br /><br />"A Brief History Of Love", álbum de estreia do The Big Pink, me traz palavras à cabeça que eu não queria dizer tão cedo, e palavras que nem você queria (ou esperava) escutar, provavelmente. Mas é inevitável, é como deixar algo preso na garganta. Então, como um suspiro, eu digo:<br /><br />Senhoras e senhores, eis o melhor álbum do ano de 2009.<br /><br /><div align="center"><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OGnNlQ-KNv4&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/OGnNlQ-KNv4&hl=pt-br&fs=1&rel=0&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object></div><br />Você pode ignorar o fato de que eu já esteja anunciando o melhor álbum do ano, ainda faltando bons meses para ele acabar. Ou você pode até concordar. E até se irritar. Mas entenda que essa afirmação é só uma das palavras que soam e vagam pelo meu cérebro ao ouvir este que já era um dos álbuns mais esperados do ano.<br /><br />A satisfação que cada canção gera, durante os 48 minutos do álbum, é surpreendente. Nem conhecendo os singles até então lançados, era de se esperar tanta qualidade, tanto em composição como em produção, para um álbum completo com 11 faixas. Digo isso por que o nível de qualidade não cai em faixa alguma. O clima shoegaze/britpop em diversas camadas, que mesclam as mais belas melodias aos ruídos mais adoráveis, com sintetizadores e guitarras que envolvem, sustenta canções incríveis como "At War With The Sun", "Velvet", "A Brief History Of Love" e chegam até a fazer um hit muito grudento e pronto para as rádios, "Dominos".<br /><br />A influência de My Bloody Valentine, Verve e Spaceman 3 é clara. Não são garotos fazendo música, são Robbie Furze e Milo Cordell, dois produtores e multi-instrumentistas, derramando aos litros todas influências que adquiriram durante anos, e criando momentos tão bonitos que doem. Palavras, acordes e batidas que pareciam engasgadas durante anos, são soltas e se perdem facilmente por sua cabeça como canções. Canções que soam como um suspiro gritado de alívio. Soam como suas músicas favoritas. Soam como último suspiro do Britpop.<br /><br /><img src="http://img39.imageshack.us/img39/752/capabsj.jpg" alt="SThe Big Pink - A Brief History Of Love (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">The Big Pink - A Brief History Of Love (2009)</span><br />01 - Crystal Visions<br />02 - Too Young To Love<br />03 - Dominos<br />04 - Love In Vain<br />05 - At War With The Sun<br />06 - Velvet<br />07 - Golden Pendulum<br />08 - Frisk<br />09 - A Brief History Of Love<br />10 - Tonight<br />11 - Count Backwards From Ten<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=6561393986079266716&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/musicfromthebigpink"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-50716125536756788062009-08-26T06:36:00.000-07:002009-08-26T06:47:48.634-07:00Sondre Lerche - Heartbeat Radio (2009)<img src="http://img339.imageshack.us/img339/9555/sondre.jpg" alt="Sondre Lerche"><br /><br />Sondre Lerche tem uma cartola mágica em seu armário. Daquela que se tira o que quiser lá de dentro, pode ser um coelho ou flores ou mesmo uma pomba. Ele prefere tirar o pop lá de dentro e, por vezes, também parece que é lá que guarda uma certa fórmula. Esta fórmula é a que te faz ouvir uma de suas canções, logo reconhecer sua voz e, tão logo, adorá-la. Foi assim enquanto ele fazia um simples indie-pop, também quando se arriscou a fazer jazz e, não muito diferente foi, quando quis fazer rock. Agora, que ele resolveu somar tudo isso (ou quase tudo disso) para montar um álbum completo, fez um espetáculo chamado "Heartbeat Radio".<br /><br />Então, acomode-se. Faça silêncio e desligue o celular, que o show vai começar.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ThUHkGs_dxQ&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/ThUHkGs_dxQ&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />O que o novo álbum do norueguês de 26 anos tem que o faz melhor que os outros? Nada. Mas, o que faz dele saborosamente diferente, é a experiência. Há quem prefira a sinceridade mais modesta de "Faces Down" e "Two Way Monologue", há quem deva preferir a maturidade de "Dupper Sessions" ou a faceta mais descolada de "Phantom Punch". Quem o conheceu como o artista mais simplista, autor da trilha sonora de "Dan in Real Life" (filme muito bacana, por sinal) também deve ter sua preferência. Mas, a preferência de Sondre é a evolução. E, a experiência de quase dez anos de trabalhos lançados, é a carga que ele usa para continuar crescendo.<br /><br />Se há o pop-perfeito, ele está aqui. Os arranjos milimetricamente planejados para que tudo pareça tão natural, as teclas de pianos que escorrem pelos ouvidos, os violões que trazem sorrisos, a voz que envolve e não desafina... Tudo está aqui. Esse é o momento em que o artista consegue melhor amarrar suas melodias, momento em que a harmonia e a voz se tornam unidade. Não há nada ousado demais, a única ousadia aqui é a de se fazer um pop tão natural que, naturalmente e infelizmente, não há espaço nas rádios para ele.<br /><br /><i>- Shhhhh!</i><br /><br />Ok, desculpe. Estou falando demais e atrapalhando o seu show? Vou ficar caladinho, porque o mágico ainda nem desceu do palco.<br /><br /><img src="http://img217.imageshack.us/img217/7002/capaqqf.jpg" alt="Sondre Lerche - Heartbeat Radio (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Sondre Lerche - Heartbeat Radio (2009)</span><br />01 - Good Luck<br />02 - Heartbeat Radio<br />03 - I Cannot Let You Go<br />04 - Like Lazenby<br />05 - If Only<br />06 - Pioneer<br />07 - Easy To Persuade<br />08 - Words & Music<br />09 - I Guess It's Gonna Rain Today<br />10 - Almighty Moon<br />11 - Don't Look Now<br />12 - Goodnight<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=5071612553675678806&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/sondrelerche"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-75321554154378720132009-08-20T08:08:00.000-07:002009-08-20T08:09:55.180-07:00Jet - Shaka Rock (2009)<img src="http://img38.imageshack.us/img38/1583/jetw.jpg" alt="Jet"><br /><br />Durante um bom tempo, existia a carência por uma banda que engatava boas melodias com uma pegada rock'n'roll, mas que também flertasse com o rock mais novo. Foi então que o público (o mais diversificado possível) e a crítica escolheram o Jet para preencher esta vaga. Ninguém segurou, foram mais de 3 milhões de cópias vendidas, turnês gigantescas junto com Oasis e Kasabian, inserção de músicas nos mais variados filmes, seriados e programas de TV (até no Brasil). Então, chegou o momento do segundo álbum e, logicamente, expectativa grande, decepção proporcional. Não para todos. Quem esperava uma continuidade ao trabalho apresentado na estreia, deu de cara com o muro. Mais pop e com melodias mais apuradas, "Shine On" não chegou perto de conseguir o sucesso que "Get Born" conquistou. Mas quem queria uma evolução, ou ao menos uma diferenciação, se interessou. Não era um mau álbum, como a crítica insistia em anunciar, e não era uma obra de arte também. Mas, assim como o primeiro trabalho, tinha uma porção de boas canções para cantarolar, dançar e se apaixonar.<br /><br />Agora, com uma responsabilidade do tamanho do mundo, o Jet volta para apresentar seu terceiro álbum. Há quem vá ver evolução, há quem vá enxergar um regresso ao primeiro álbum, há quem vá achar que eles se perderam de vez. Eu continuo achando que eles querem nos divertir, e que conseguem.<br /><br /><div align="center"><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/j6JwF9SjNAs&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/j6JwF9SjNAs&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object></div><br />O "Shaka Rock" do Jet é bem rock, é bem dançante e lembra Rolling Stones, Ac/DC, Beatles e Led Zeppelin. Até aí, certamente, nenhuma novidade. E não há muita mesmo. O Jet continua fazendo as canções mais pops com as pegadas mais rock da atualidade. Músicas que ainda funcionariam muito bem para trilhas sonoras e temas na televisão ou cinema ou mesmo na tua vida.<br /><br />Isso não quer dizer que seja uma repetição sem fim, não é nada disso. As canções têm sempre detalhes que as enriquecem, seja andamentos diferenciados, vocais alternados, bons riffs de guitarra ou algumas pinceladas no piano. Há também a novidade de não existirem tantas baladas no álbum, apenas a última faixa e as duas bônus track que acompanham o álbum fazem lembrar os ótimos momentos que o Jet já teve com músicas mais doces. E, algumas influências powerpop, te faz colocar em dúvida se trata-se realmente de uma música dos australianos.<br /><br />Sim, são eles outra vez. Querendo fazer você dançar na cadeira ou no tapete da sua sala. Querendo te fazer vibrar com mais um hit na cena favorita daquele filme que você adora. E fazendo você lembrar que nem só de grandes e completos álbuns uma banda é feita. Que o que importa mesmo são as músicas que mexem com você de alguma forma, seja no seu quadril ou no seu coração.<br /><br /><img src="http://img193.imageshack.us/img193/1963/capapov.jpg" alt="Jet - Shaka Rock (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Jet - Shaka Rock (2009)</span><br />01 - K.I.A. (Killed In Action)<br />02 - Beat On Repeat<br />03 - She's A Genius<br />04 - Black Hearts (On Fire)<br />05 - Seventeen<br />06 - La Di Da<br />07 - Goodbye Hollywood<br />08 - Walk<br />09 - Times Like This<br />10 - Let Me Out<br />11 - Start The Show<br />12 - She Holds A Grudge<br />13 - Don't Break Me Down (Bonus Track)<br />14 - Everything Will Be Alright (Bonus Track)<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=7532155415437872013&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/jet"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-51211851776476412382009-08-19T13:36:00.000-07:002009-08-19T15:38:44.011-07:00BLK JKS - After Robots (2009)<img src="http://img263.imageshack.us/img263/4879/blkjks.jpg" alt="BLK JKS"><br /><br />Confesso que eu esperava mais alarde em torno do BLK JKS, mais pela crítica mesmo. Os sul-africanos, que já apresentei aqui antes com seu EP "Mistery", tem tudo aquilo que os críticos pedem: originalidade, frescor e potencial. Isso, nem sempre, é o que o público final procura mas, é perceptível, que a banda atingiu um certo nível de popularidade (por exemplo, estavam em turnê pelos EUA há pouco).<br /><br />Não sendo a banda mais popular do mundo, mas sendo uma das mais interessantes do momento, o BLK JKS lança seu primeiro álbum. Com apenas 9 músicas, mas com 46 minutos de duração, "After Robots" é um conjunto de sonoridades e influências somado a um experimentalismo muito bem medido. Mais do que isso, é um trabalho primoroso de uma banda em seu auge.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8oUI02eK3SM&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/8oUI02eK3SM&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />Auge parece ser muito, pensando que se trata de uma banda em seu álbum de estreia, e realmente não dá muito para medir isto. A verdade é que o formato das músicas como novidade dá um sabor especial. Não é um tipo de experimentalismo convencional, nem um estilo já definido, com suas métricas e limitações. A amplitude sonora, somada ao calor da novidade, faz o som do BLK JKS ainda mais especial.<br /><br />Se você não é um grande fã da música experimental, não se espante (nem com os nomes incomuns das faixas). Há momentos mais básicos no álbum. Grandes canções com influências reggae, dub, rock psicodélico, jazz e a mais pura música africana, muito presente na percussão da banda. A produção do álbum, assinada por Brandon Curtis (líder do The Secret Machines), é um brilho a parte: camadas e texturas tão bem definidas que enriquece a urgência "Banna Ba Modimo", acentua a doçura de "Standby" e faz crescer ainda mais a força de "Lakeside", de maneira tão natural e simplificada, que nem parece se tratar de uma das sequências de canções mais matadoras do ano.<br /><br />"After Robots" é uma experiência única. Ouvi-lo é se inserir numa cultura diferenciada e imergir em águas pouco visitadas pela música. O BLK JKS, por enquanto, anda fazendo mais barulho sonoramente falando, do que pela boca (ou canetas, ou teclados, ou...) dos críticos. Mas ainda acredito, que falta pouco para se tornar a coqueluche dos descolados, apesar de que isso fará pouca diferença. A música se tornou tão mais interessante depois deste álbum, que falar se tornou primitivo demais.<br /><br /><img src="http://img171.imageshack.us/img171/8302/capaq.jpg" alt="BLK JKS - After Robots (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">BLK JKS - After Robots (2009)</span><br />01 - Molalatladi<br />02 - Banna Ba Modimo<br />03 - Standby<br />04 - Lakeside<br />05 - Taxidermy<br />06 - Kwa Nqingetje<br />07 - Skeleton<br />08 - Cursor<br />09 - Tselane<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=5121185177647641238&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/blkjks"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-88930004362282767042009-08-17T10:13:00.000-07:002009-08-17T10:20:04.159-07:00Throw Me The Statue - Creaturesque (2009)<img src="http://img256.imageshack.us/img256/7553/tmts.jpg" alt="Throw Me The Statue"><br /><br />Dizer que certa banda faz "indie-pop", certas vezes, significa que ela não é nem indie (no sentido original da palavra, sendo pelo menos de um selo independente) e nem pop (palavra esta que é tão abrangente quando incompreensiva). Mesmo assim, eu sou uma das pessoas que adora este rótulo, até porque fica complicado classificar certas bandas e sonoridades.<br /><br />O que faz o The Shins? Indie-pop. O que faz o Belle and Sebastian? Indie-pop.<br /><br />O que faz o Throw Me The Statue? Indie-pop. E dos bons.<br /><br /><div align="center"><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/mWbWX5pkwm0&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/mWbWX5pkwm0&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object></div><br />Tão abrangente quanto adorável, o indie-pop se assemelha muito ao Throw Me The Statue, quarteto de Seattle que acaba de lançar seu segundo álbum, o "Creaturesque". Se de início, a banda era apenas o projeto que Scott Reitherman tinha criado para lançar suas músicas, que gerou "Moonbeams", o primeiro álbum de 2007, foi se firmando realmente como um conjunto que os americanos conseguiram o triunfo do novo álbum. <br /><br />Há quem diga que o charme da produção mais precária da estreia se perdeu em "Creaturesque", mas foi deixando o ligeiro "amadorismo" de lado que foi possível enxergar melhor ainda o valor do Throw Me The Statue. Doces melodias entram por seus ouvidos e alegram o seu cérebro, as sonoridades de fácil e saborosa compreensão são ótimas, e boa produção exalta tudo isso na maneira exata. Dizer que o álbum funciona muito bem pra que já completou sua segunda década e mais alguns aninhos não é muito original, mas é muito real (funcionou muito bem para os meus 23 anos). Isso porque é a realidade dos integrantes, é sobre isso que falam e sob essa necessidade que compõem.<br /><br />É nessa falta de limitação que o Throw Me The Statue te conquista. É de não ter obrigações ao que seguir, de ter vontades próprias para criar e de ter independência para fazer aquilo que mais quer e tornar tão interessante cada detalhe. E é aí que você os classifica como indie-pop, para que fique mais fácil de explicar aquilo que para você é inexplicável, já que se trata de sensações e sentimentos, o tipo de coisa que só recebe nome para que você possa contar aos outros que conhece... E você vai querer contar a todos sobre o Throw Me The Statue, vai por mim.<br /><br /><img src="http://img256.imageshack.us/img256/7899/capaf.jpg" alt="Throw Me The Statue - Creaturesque (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Throw Me The Statue - Creaturesque (2009)</span><br />01 - Waving At The Shore<br />02 - Pistols<br />03 - Tag<br />04 - Ancestors<br />05 - Noises<br />06 - Snowshoes<br />07 - Dizzy From The Fall<br />08 - Cannibal Rays<br />09 - Hi-Fi Goon<br />10 - Baby, You're Bored<br />11 - Shade For A Shadow<br />12 - The Outer Folds<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=8893000436228276704&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/throwmethestatue"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-25333232554644673392009-08-12T09:25:00.001-07:002009-08-12T09:26:33.152-07:00Brendan Benson - My Old, Familiar Friend (2009)<img src="http://img18.imageshack.us/img18/5177/50459238.jpg" alt="Brendan Benson"><br /><br />Há quem prefira falar que Brendan Benson é aquele cara do Raconteurs, que é aquele amigo do Jack White. Há o lado que diz o inverso, que Raconteurs é um projeto de Benson, e que Jack White que é amigo dele. Isso porque há quem o conheceu como parte do projeto super-banda que ele montou com o líder do White Stripes, e há quem já o conhecia (e o admirava) desde "One Mississippi", de 1996, ou desde seus trabalhos mais recentes, "Lapalco" (2002) e "The Alternative to Love" (2005).<br /><br />Brendan Benson não parece preocupado em estar de um lado ou de outro. Parece apenas estar preocupado em fazer música, e as melhores possíveis.<br /><br />A real força de Benson está nas canções de apelo pop, essas que ele produz aos montes. A influência de Elvis Costello, The Cars e McCartney são claras e utilizadas de maneira bem original, não importa se são as canções mais doces ou as mais ácidas: fazer música pop é sua principal arma. No Power-pop guitarrado ou no pop perfeito feito por piano, Benson te prende por 11 lindas e alegres canções, te (re)conquista e te fascina.<br /><br />"My Old, Familiar Friend", que será lançado oficialmente em seis dias, já estava disponível para audição e agora "cai" de vez nos blogs e sites especializados. A espera era grande, já que é sempre uma satisfação ouvir um álbum deste americano. Sempre concisos e interessantes, os álbuns de Benson são sempre facilmente digeridos, em seu 4º trabalho, não é diferente.<br /><br />Se você também esperava está aí, a espera acabou. Você já pode ouvir as mais novas canções do cara do Raconteurs, amigo do Jack White, ou seja lá como você se preocupa em chamá-lo. Eu, por aqui, me preocupo em ouvi-lo.<br /><br /><img src="http://img401.imageshack.us/img401/4015/capabps.jpg" alt="Brendan Benson - My Old, Familiar Friend (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Brendan Benson - My Old, Familiar Friend (2009)</span><br />01 - A Whole Lot Better<br />02 - Eyes On The Horizon<br />03 - Garbage Day<br />04 - Gonowhere<br />05 - Feel Like Taking You Home<br />06 - You Make A Fool Out Of Me<br />07 - Posied And Ready<br />08 - Don't Wanna Talk<br />09 - Misery<br />10 - Lesson Learned<br />11 - Borrow<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=2533323255464467339&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/brendanbenson"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-65299575233868247932009-08-07T07:58:00.000-07:002009-08-07T08:03:19.438-07:00Ludov - Caligrafia (2009)<img src="http://img263.imageshack.us/img263/759/ludov.jpg" alt="Ludov"><br /><br />Mauro Motoki desenvolveu uma certa habilidade invejável. Ele parece conseguir fazer a música que quer, da forma que quer. Parece conseguir idealizar algo, e tornar isso real. E isso é algo admirável. Ele passeia no pop como quem passeia num set de cinema e isso vai além das referências presentes nas canções. Atinge diretamente os temas delas, que variam e criam diversas sensações e te coloca em diferentes atmosferas.<br /><br />Imagine você ter uma ideia de um filme, de um livro ou de uma música, e conseguir transformá-la em algo real, "palpável", da exata maneira como imaginou.<br /><br />Ok, não imagine. Ouça.<br /><br /><div align="center"><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/uw_Z6I0j2ls&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/uw_Z6I0j2ls&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object></div><br />Motoki é o principal compositor do Ludov, uma das mais competentes bandas do cenário nacional. Lançando seu terceiro álbum, eles provam, ainda mais, que o limite para criação de canções, no âmbito pop, não existe. Visitam e aproveitam de várias referências para criar músicas em diferentes estilos, e conseguem, com classe, transformar todas essas canções bem aceitáveis, bem saborosas e de fácil degustação. E esse é o verdadeiro desafio.<br /><br />O Ludov utiliza daquilo que as canções pedem e, na maior parte do tempo, elas parecem implorar por guitarras enérgicas mas, nem sempre, só isso basta. Sabendo disso, a banda cria arranjos sempre interessantes e utilizam de diferentes elementos que funcionam como pano de fundo para as canções, como se elas fossem cenas de cinema (ou de um livro). Chegando até o ponto em que deixaria Chico Buarque muito orgulhoso: "Não Me Poupe", a música brasileira mais tocante e triste que ouvi esse ano.<br /><br />"Caligrafia" não retrata exatamente uma banda "escrevendo" tudo certinho, dentro das regras e seguindo o que a cartilha pede. O caderno aqui, tem mais rabiscos e traços de uma banda que faz tudo a sua maneira, faz os seus desenhos, faz suas letras e faz com que, tudo isso, faça o maior sentido para você.<br /><br /><a href="http://sharebee.com/110753ad"><img src="http://img222.imageshack.us/img222/1130/capabcm.jpg" alt="Ludov - Caligrafia (2009)" border="0"/></a><br /><a href="http://sharebee.com/110753ad"><span style="font-weight: bold;">Ludov - Caligrafia (2009)</span></a><br />01 - Luta Livre<br />02 - Vinte Por Cento<br />03 - Sob a Neblina da Manhã<br />04 - Madeira Naval<br />05 - Mecanismo<br />06 - Paris, Texas<br />07 - Reprise<br />08 - O Seu Show É Só Pra Mim<br />09 - Terrorismo Suicida<br />10 - Não Me Poupe<br />11 - Magnética<br />12 - Notre Voyage<br /><a href="http://sharebee.com/110753ad"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/9320/downloadwu3.gif" alt="Download" border="0" /></a><a href="http://www.myspace.com/ludov"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a><br /><br />Se preferir, faça o download do disco onde a própria banda disponibilizou: <a href="http://www.mondo77.fm/index.php?dir=ludov">http://www.mondo77.fm/index.php?dir=ludov</a>.Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-18221238983922370932009-08-06T10:17:00.001-07:002009-08-06T10:28:35.717-07:00David Bazan - Curse Your Branches (2009)<img src="http://img27.imageshack.us/img27/2466/bazan.jpg" alt="David Bazan"><br /><br />Uma das minhas vozes favoritas na música é a de David Bazan. A mescla de conforto com desespero, sobriedade com desconcerto, é ótima. Ele sempre parece falar diretamente com você, mesmo quando está apenas falando com Deus (o Deus do agnósticos filho de pastor). Relatando, falando sobre política, contando histórias ou lamentos, ele liderou seu projeto Pedro The Lion, uma de minhas bandas favoritas, de 1995 a 2005. Também, quando quis brincar com sintetizadores, criou a banda Headphones, ao lado de Nick Peterson, um dos membros fundadores do Fleet Foxes.<br /><br />Mesmo sendo de Seattle, e ter iniciado seu trabalho como músico nos anos 90, o grunge não chegou nem perto de ser uma das influências de David. Sempre preocupado em fazer belas e tocantes melodias, em conjunto com letras que realmente tocavam o ouvinte, ele conseguiu se aproximar muito mais do sentimento das pessoas com sua simplicidade e introspecção, do que se fosse um adepto da barulheira guitarrada e urgente proposta pelo tal movimento garageiro da cidade.<br /><br />Ainda que não seja mais anos 90, a música de David Bazan resistiu ao tempo com todas sensações que foram propostas desde o início e, a cada audição, ganhando novos sentidos. E essa é a razão de existir uma bela canção. David sabendo disso, nos traz mais delas, sem precisar de um projeto ou banda. Apenas de cara limpa e coração aberto.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Z6D4FwgGwRE&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Z6D4FwgGwRE&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />Com lançamento marcado para 1º de setembro, "Curse Your Branches" é o primeiro álbum de David Bazan sem estar sob o nome de um projeto. Apesar disso, a essência de Pedro The Lion ainda se faz bem presente e, o álbum funciona quase como uma continuidade aos trabalhos estacionados em 2004. E quem já era fã de David pensa: ainda bem.<br /><br />Não há muito o que mudar, não há a necessidade de se diferenciar de si mesmo. As canções sempre têm suas características próprias e toda carga de sentimento que carregam. Há uma certa individualidade em cada faixa, as letras sempre em primeira pessoa falam bem aos seus ouvidos. Então por que ser diferente?<br /><br />Pedro The Lion ou Headphones sempre foram a mesma pessoa, desta vez não é diferente. Agora que o álbum vazou, você pode agradecer a quem quiser, ao seu Deus, ao seu não-deus, ou mesmo ao deus das belas canções: David Bazan.<br /><br /><img src="http://img27.imageshack.us/img27/6685/capackv.jpg" alt="David Bazan - Curse Your Branches (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">David Bazan - Curse Your Branches (2009)</span><br />01 - Hard To Be<br />02 - Bless This Mess<br />03 - Please, Baby, Please<br />04 - Curse Your Branches<br />05 - Harmless Sparks<br />06 - When We Fell<br />07 - Lost My Shape<br />08 - Bearing Witness<br />09 - Heavy Breath<br />10 - In Stitches<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=1822123898392237093&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/davidbazan"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-42735501752333531962009-08-05T05:45:00.000-07:002009-08-05T05:47:25.511-07:00The Twang - Jewellery Quarter (2009)<img src="http://img22.imageshack.us/img22/4518/twang.jpg" alt="The Twang"><br /><br />Falar mal do novo álbum do The Twang vem se tornando o passatempo favorito dos críticos. Só a BBC elogiou o novo trabalho dos rapazes. A Gigwise disse que o álbum é a explicação do porquê da banda nunca ter chegado ao primeiro lugar das paradas (e porque nem chegará). E, a verdade, é que há uma cobrança grande demais.<br /><br />O que era o Twang em seu primeiro álbum? Apenas uma banda divertida e sentimental, com algumas canções charmosas, outras mais pegadas, mas sempre sincera.<br /><br />O que é o Twang agora? Uma banda divertida e sentimental, com algumas canções charmosas, e sincera. O que mudou foi que a linha mais urbana que eles seguiam, foi substituída por uma pegada mais ritmada e ensolarada.<br /><br />O que não muda nunca, são os críticos. Apontar o dedo na cara de bandas e artistas não é mais uma opção, é quase obrigação. Ser crítico e falar mal é o que todo meio parece querer. <br /><br />O Twang, ao menos, mudou. Mesmo que pouco.<br /><br /><div align="center"><object width="565px" height="420px" ><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="wmode" value="transparent"/><param name="movie" value="http://mediaservices.myspace.com/services/media/embed.aspx/m=58831915,t=1,mt=video"/><embed src="http://mediaservices.myspace.com/services/media/embed.aspx/m=58831915,t=1,mt=video" width="565" height="420" allowFullScreen="true" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></object></div><br />Desde que o Kaiser Chiefs anunciou o Twang como a salvação do novo rock, realmente se criou uma expectativa grande demais sobre eles. E, eles não conseguiram superá-la. Mas isso se tornou dispensável, já que o primeiro álbum, "Love It When I Feel Like This" de 2007, era tão bacana que o público preferiu dançar e cantar. Mesmo assim, os críticos ainda preferiram ficar fazendo comentários maldosos aos cantos.<br /><br />Independente disso tudo, o quinteto inglês voltou com seu segundo álbum, "Jewellery Quarter", e mostra uma cara mais alegre e nova. Isso porque chega até a flertar com ritmos latinos. Mas, a influência maior, ainda é a noventista britânica, como Happy Mondays e Blur.<br /><br />Logicamente, o álbum não é o melhor do ano, nem estaria no Top10, mas isso não impede de ele ser divertido e carismático. O timbre de Phil Etheridge e seu sotaque continua adorável. Todo sentimentalismo também continua na ativa. Das guitarras espertas, até os climas que lembram Smiths. O álbum é simplesmente isso.<br /><br />Enquanto os críticos continuarem sempre procurando pelo melhor álbum do ano, perderão peças como essas. Que não chegam a ser raras mas, que de tão inofensivas, se tornam adoráveis e podem se tornar o seu disco favorito por alguns dias. E é isso que importa.<br /><br /><img src="http://img41.imageshack.us/img41/9959/capaoya.jpg" alt="The Twang - Jewellery Quarter (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">The Twang - Jewellery Quarter (2009)</span><br />01 - Took The Fun<br />02 - Barney Rubble<br />03 - Twit Twoo<br />04 - Put It On The Dancefloor<br />05 - May I Suggest<br />06 - Encouraging Sign<br />07 - Got No Interest<br />08 - Back Where We Started<br />09 - Answer My Call<br />10 - Live The Life<br />11 - Williamsburg<br />12 - Another Bus<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=4273550175233353196&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/thetwang"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-69154663351399028462009-07-30T07:44:00.001-07:002009-07-30T07:45:27.818-07:00Arctic Monkeys - Humbug (2009)<img src="http://img187.imageshack.us/img187/4552/15606900.jpg" alt="Arctic Monkeys"><br /><br />Cabelos compridos, canções sombrias, ponta do pé na psicodelia, Black Sabbath, Hendrix, Cream e Queens of The Stone Age, gravação do álbum nos Estados Unidos, falta de preocupação com a pista de dança, pouco interesse em manter o hype... Realmente o Arctic Monkeys está diferente. Cresceram, amadureceram ou algum outro clichê que caiba aqui.<br /><br />O que interessa, no fim, é a música, a obra. Alex Turner e sua turma acertaram mais uma vez, obviamente. Mas não vai faltar gente querendo dizer que está tudo errado. Certamente, você vai querer saber a opinião de alguém sobre o álbum, de uma grande revista, ou blog, ou até a minha. Sempre vai haver uma opinião de olhos tortos, uma crítica negativa. A minha opinião é: ouça, não leia.<br /><br /><div align="center"><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8pBA8c-1yCQ&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/8pBA8c-1yCQ&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object></div><br />Já ouviu? Ok. O que encontrou foi grandes canções cheias de climões tensos, guitarras menos violentas e mais inteligentes, influências do stoner e acid rock, um grande letrista mais uma vez se colocando a frente da canção, um baterista cheio de energia e competência... Ah, não. Isso foi o que eu encontrei.<br /><br />Não havia como os garotos de Shedfield repetirem a fórmula. Não dava mais. Se do primeiro para o segundo álbum, a fórmula era a mesma, com um pequeno acréscimo de "peso", em "Humbug" o Arctic Monkeys fez aquilo que mais lhe parecia honesto. A fase que eles vêm passando, um pós-hype violento, somado a novas experiências sonoras e a produção de Josh Homme, líder do Queens of The Stone Age, criaram caráter do novo álbum. E, além do que disse acima, ainda é possível encontrar resquícios do "antigo" Monkeys: as letras poéticas de Turner persistem, o groove ainda está nas canções, algumas delas remetem às lindas baladas que estavam no "Favourite Worst Nightmare", como "Only Ones Who Know" e "505", os timbres ainda continuam bem próprios e ´faixas como "Potion Approaching" e "Pretty Visitors" trazem lembranças de toda aquela urgência que era tão comum.<br /><br />E o Arctic Monkeys não é mais nada comum. Felizmente ou infelizmente, para alguns. Deixo isto ao teu cargo. Quanto a mim, continuarei ouvindo aqui, pois a única dúvida que este disco me trouxe é a de que já não sei qual é o melhor álbum deles e qual é o melhor Arctic Monkeys.<br /><br /><img src="http://img61.imageshack.us/img61/2163/capah.jpg" alt="Arctic Monkeys - Humbug (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">Arctic Monkeys - Humbug (2009)</span><br />01 - My Propeller<br />02 - Crying Lightning<br />03 - Dangerous Animals<br />04 - Secret Door<br />05 - Potion Approaching<br />06 - Fire And The Thud<br />07 - Cornerstone<br />08 - Dance Little Liar<br />09 - Pretty Visitors<br />10 - The Jeweller's Hands<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=6915466335139902846&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/arcticmonkeys"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com25tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-15160902354172034552009-07-27T18:37:00.000-07:002009-07-28T10:55:24.152-07:00fun. - Aim and Ignite (2009)<img src="http://img228.imageshack.us/img228/4470/funj.jpg" alt="fun."><br /><br />Chegou um momento que ficou um tanto confuso. Já não sei mais diferenciar Nate Ruess, líder do fun. e ex-vocalista do The Format, do pop. Este é o momento em que os dois se misturaram, e se tornaram uma coisa só. Quando não se consegue mais desprender o artista de sua arte.<br /><br />E é apenas o momento da "diversão". Veja só.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HZZ7E5lM1KI&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/HZZ7E5lM1KI&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />Se restaram muitos órfãos da melhor banda indie-pop dos últimos anos, falo do The Format, o fun. veio para abraçar todos eles. Claramente, apesar da maior influência na banda ser o próprio The Format, ainda sobrou espaço para uma leve pegada do Steel Train, cujo líder Jack Antonoff é outro integrante deste supergrupo, e para Andrew Dost inserir um pouco da sua melodiosa experiência, captada junto a sua ex-banda Anathallo. Porém, "Aim and Ignite" fica como uma continuidade para o trabalho de Nate, que não poderia ficar fora da música pop por muito tempo. Tanto que o produtor deste álbum, Steven McDonald, é o mesmo do último trabalho do nova-iorquino, o "Dog Problems" pelo The Format.<br /><br />Ou seja, o que se pode esperar de uma continuidade para um dos melhores álbuns dos últimos anos?<br /><br />"Aim and Ignite", que será lançado oficialmente em 25 de agosto, é uma obra definitiva sobre o pop. Melodias que pegam, que fazem sorrir e dançar, em arranjos incríveis com deliciosos pianos e guitarras precisas, letras despojadas sobre alegrias e casualidades, cantadas pela voz de beleza sem fim de Nate, que parece ter uma potência vocal de limite que ainda não se viu. É o pop perfeito, com certas influências de Brian Wilson, e de tanta facilidade, que é improvável que não se encante logo na primeira audição.<br /><br />Nate Ruess, a frente do fun., se firma como um dos principais compositores e intérpretes do pop, se tornando indispensável para o estilo. Desta vez, ele só precisou se divertir e te divertir para fazer o melhor álbum pop do ano. E não é a primeira vez que faz isso. Nem será a última, assim espero.<br /><br /><img src="http://img169.imageshack.us/img169/7971/capan.jpg" alt="fun. - Aim and Ignite (2009)" border="0" /><br /><span style="font-weight: bold;">fun. - Aim and Ignite (2009)</span><br />01 - Be Calm<br />02 - Benson Hedges<br />03 - All the Pretty Girls<br />04 - I Wanna Be The One<br />05 - At Least I'm Not As Sad (As I Used To Be)<br />06 - Light A Roman Candle With Me<br />07 - Walking the Dog<br />08 - Barlights<br />09 - The Gambler<br />10 - Take Your Time (Coming Home)<br /><a href='https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6097873305444743880&postID=1516090235417203455&isPopup=true' onclick='javascript:window.open(this.href, "bloggerPopup", "toolbar=0,location=0,statusbar=1,menubar=0,scrollbars=yes,width=400,height=450"); return false;'><img src="http://img15.imageshack.us/img15/5278/downloadcomments.jpg" alt="Download link in comments / Link de downloads nos comentários" /></a><a href="http://www.myspace.com/fun"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6097873305444743880.post-52820001482321957992009-07-23T06:57:00.000-07:002009-07-23T06:59:27.357-07:00Wado - Atlântico Negro (2009)<img src="http://img15.imageshack.us/img15/9445/wado.jpg" alt="Wado"><br /><br />"Atlântico Negro" prova: Wado é o artista fora do mainstream mais próximo do pop. Não só pop no formato canção, mas pop no sentido original de popular: do povo.<br /><br />Do afoxé, ao quase axé, ao samba, ao funk. Wado passeia, com conhecimento de causa, por vertentes infinitas de estilos que combinam Brasil e África e transforma numa unidade muito simples e diversificada: a música. Fala de amor, como fala de problemas sociais, e tudo soa tão natural, que fica inconcebível o fato de ele ainda não estar nas rádios, programas de TV ou algum outro veículo de massa. Enquanto Wado não estiver próximo dos ouvidos da grande população, a música pop brasileira pouco fará sentido.<br /><br /><div align="center"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/96nBJEkcd9o&hl=pt-br&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/96nBJEkcd9o&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />"Atlântico Negro" é um disco conceitual. Mas não, ele não possui uma estrutura que exige uma concepção da obra por um todo. Cada canção possui uma força unitária e, os diversos estilos, fazem a conexão África e América. Produzido por Kassin e Beto Machado, o disco ainda conta com diversas participações, entre elas Curumin e Romulo Fróes.<br /><br />Desde uma narração de um estudante estrangeiro de Guiné-Bissau, até a última canção, uma regravação de um antigo funk-carioca (gravado de maneira respeitosa, segundo Wado), o disco não perde o ritmo. As músicas suingadas criam uma atmosfera perfeita para o conceito envolver o ouvinte, assim como as belas baladas "Pavão Macaco" e "Frágil, somadas ao samba "Hercílio Luz", fazem lembrar o Wado de trabalhos anteriores e cria um elo entre seus álbuns. Destaque também para um medley com a canção "Cavaleiro de Aruanda", já gravada por Gal Costa, Ronnie Von e Ney Matogrosso, e para "Boa Tarde, Povo", clássico cancioneiro alagoano que ganhou uma versão eletro que remete a Fatboy Slim.<br /><br />Tratando até de preconceitos, Wado coloca na cabeça do ouvinte mais do que belas músicas. Coloca conceitos e questionamentos de onde a música brasileira popular vem e pra onde vai. E prova que, justamente, a música em si, está muito acima disso.<br /><br /><a href="http://www.wado.com.br"><img src="http://img37.imageshack.us/img37/8720/capaqqy.jpg" alt="Wado - Atlântico Negro (2009)" border="0"/></a><br /><a href="http://www.wado.com.br"><span style="font-weight: bold;">Wado - Atlântico Negro (2009)</span></a><br />01 - Estrada<br />02 - Atlântico Negro<br />03 - Jejum / Cavaleiro de Aruanda<br />04 - Martelo de Ogum<br />05 - Cordão de Isolamento<br />06 - Hercílio Luz<br />07 - Pavão Macaco<br />08 - Frágil<br />09 - Feto / Sotaque<br />10 - Boa Tarde, Povo<br />11 - Rap Guerra no Iraque<br /><a href="http://www.wado.com.br"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/9320/downloadwu3.gif" alt="Download" border="0" /></a><a href="http://www.myspace.com/wwwado"><img src="http://img7.imageshack.us/img7/6407/myspaceda7.gif" alt="MySpace" border="0" /></a>Iberê Borgeshttp://www.blogger.com/profile/12699490857161455609noreply@blogger.com2