quarta-feira, 19 de agosto de 2009

BLK JKS - After Robots (2009)

BLK JKS

Confesso que eu esperava mais alarde em torno do BLK JKS, mais pela crítica mesmo. Os sul-africanos, que já apresentei aqui antes com seu EP "Mistery", tem tudo aquilo que os críticos pedem: originalidade, frescor e potencial. Isso, nem sempre, é o que o público final procura mas, é perceptível, que a banda atingiu um certo nível de popularidade (por exemplo, estavam em turnê pelos EUA há pouco).

Não sendo a banda mais popular do mundo, mas sendo uma das mais interessantes do momento, o BLK JKS lança seu primeiro álbum. Com apenas 9 músicas, mas com 46 minutos de duração, "After Robots" é um conjunto de sonoridades e influências somado a um experimentalismo muito bem medido. Mais do que isso, é um trabalho primoroso de uma banda em seu auge.


Auge parece ser muito, pensando que se trata de uma banda em seu álbum de estreia, e realmente não dá muito para medir isto. A verdade é que o formato das músicas como novidade dá um sabor especial. Não é um tipo de experimentalismo convencional, nem um estilo já definido, com suas métricas e limitações. A amplitude sonora, somada ao calor da novidade, faz o som do BLK JKS ainda mais especial.

Se você não é um grande fã da música experimental, não se espante (nem com os nomes incomuns das faixas). Há momentos mais básicos no álbum. Grandes canções com influências reggae, dub, rock psicodélico, jazz e a mais pura música africana, muito presente na percussão da banda. A produção do álbum, assinada por Brandon Curtis (líder do The Secret Machines), é um brilho a parte: camadas e texturas tão bem definidas que enriquece a urgência "Banna Ba Modimo", acentua a doçura de "Standby" e faz crescer ainda mais a força de "Lakeside", de maneira tão natural e simplificada, que nem parece se tratar de uma das sequências de canções mais matadoras do ano.

"After Robots" é uma experiência única. Ouvi-lo é se inserir numa cultura diferenciada e imergir em águas pouco visitadas pela música. O BLK JKS, por enquanto, anda fazendo mais barulho sonoramente falando, do que pela boca (ou canetas, ou teclados, ou...) dos críticos. Mas ainda acredito, que falta pouco para se tornar a coqueluche dos descolados, apesar de que isso fará pouca diferença. A música se tornou tão mais interessante depois deste álbum, que falar se tornou primitivo demais.

BLK JKS - After Robots (2009)
BLK JKS - After Robots (2009)
01 - Molalatladi
02 - Banna Ba Modimo
03 - Standby
04 - Lakeside
05 - Taxidermy
06 - Kwa Nqingetje
07 - Skeleton
08 - Cursor
09 - Tselane
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9 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

pára com essas bobagens de tentar ser um guru da música, véio. relaxa.

Iberê Borges disse...

"Bobagens". XD

Acho que você não leu ou entendeu bem a resenha. Mas valeu a "dica"! =D

Anônimo disse...

eu entendi sim, cara e gosto bastante dos sons que tu posta ae e tuas críticas, mas escrever entre aspas é besta hein?

Iberê Borges disse...

As aspas para o "bobagens" foi uma piada, falou exatamente como um amigo meu.

Para o "dica", é porque realmente não se tratava de uma dica.

Mas apreciei seu interesse, gostando ou não. Prefiro que exponha sua opinião, mesmo que negativa (ou algo do tipo). E não preciso usar aspas pra isso. =]

Gabriel Guerra disse...

AE DALIDALIDALI BLK JKS

Anônimo disse...

frggtttt

Anônimo disse...

fdgzzdgzdfg

ç disse...

porra, pensei q o pop tinha morrido...
legal!